Praia da Claridade
“Figueira, Figueira da Foz, Das finas areias, Berço de sereias, Procurando abrigo”. Assim versa a canção que espalha na letra toda a beleza desta praia. É verdade que já não tem a extensão de outros tempos mas ainda hoje a Praia da Claridade ou do Relógio, como também lhe chamam, continua a ser uma das mais vastas do país. Metros e metros de uma areia tão branca que, com o reflexo do sol, ganhava uma claridade única que acabou por lhe dar o nome.
É ela que nos acolhe quando chegamos à Figueira da Foz, enquadrando de forma perfeita toda a marginal da cidade. Mesmo que o tempo não permita ir a banhos, pode sempre aproveitar para fazer uma caminhada numa das praias de eleição de muitos banhistas da região centro.
Serra da Boa Viagem
Ele é mar, é rio é serra. Esta última, a da Boa Viagem, ocupa qualquer coisa como 400 hectares à saída da Figueira da Foz, na direção de Buracos. Em primeiro lugar, destaca-se a vista que se obtém lá do cimo para o mar. Depois, e após uma passagem pelo Farol do Cabo Mondego, escolha um sítio para um piquenique. Sobretudo no verão, quando o calor aperta na praia, este é o local para receber, de braços abertos, o ar fresco da serra.
Também há diversos caminhos ideais para quem é apreciador dos desportos ao ar livre, como o trekking ou o btt. Para desfrutar do verde, com o azul do mar ali tão perto.
Forte de Santa Catarina
Avista-se, imponente, à entrada da marginal da Figueira da Foz. Devido à sua localização privilegiada, eram frequentes os ataques dos barcos piratas e daí que tenha nascido a necessidade de construir uma fortificaçãojunto à barra do rio Mondego. Tal viria a concretizar-se no século XVI com dinheiro angariado através de fontes tão distintas como a Universidade de Coimbra ou a venda de rendas de Buarcos, vila vizinha da Figueira da Foz.
Nos dias de hoje, está ali instalado o Ténis Club Figueirense e um restaurante. No centro da praça é ainda possível admirar o farol, do início do século passado, que, no entanto, deixou de funcionar em 1991.
Museu Municipal Dr. Santos Rocha
Foi um homem da terra — António dos Santos Rocha — quem dinamizou a criação de um museu, em1894, que agregasse todos os vestígios arqueológicos encontrados por si, nas expedições feitas na Serra da Boa Viagem. O que começou por ser um espaço com exposições etnográficas e arqueológicas, passou, já depois da morte do seu mentor, a ser um museu onde as coleções se estenderam a outras áreas. Nos dias de hoje, o Museu Municipal Dr. Santos Rocha está instalado num edifício que acolhe também a biblioteca e um auditório, sendo uma importante infraestrutura cultural da cidade. Há coleções de armaria, mobiliário e numismática, entre outras.
O museu funciona de terça a sexta, das 09h30 às 17h00 e aos sábados das 14h00 às 19h00. A entrada para a exposição permanente custa 2€. Se quiser visitar apenas as temporárias, que também as há, então nem precisa de adquirir bilhete.
Casino da Figueira da Foz
A Figueira da Foz sempre foi terra de casinos. No início do século passado, eram cinco as salas dedicadas ao jogo existentes no Bairro Novo. Ainda hoje é possível admirar o belíssimo edifício que acolhia um deles — o Casino Oceano, na Rua da Concórdia.
Os tempos mudaram e hoje, casinos a funcionar há apenas um. O Casino da Figueira da Foz é o espaço de divertimento, por excelência, da cidade. Todos os anos, recebe milhares de visitantes, entusiastas do jogo ou curiosos que decidem experimentar a sorte. O edifício está localizado bem no centro da baixa da cidade e destaca-se pelas fachadas envidraçadas e ondulantes, a lembrar o movimento do mar. No seu interior, não deixe de admirar o Salão Caffé com um ambiente a lembrar outros tempos e com uns frescos pintados no teto que vale mesmo a pena contemplar.
Palácio Sotto Mayor
A Figueira da Foz sempre foi a praia de eleição de muitos veraneantes, alguns deles abastados e que optavam por construir ali as suas casas de verão. O Palácio Sotto Mayor é um desses casos, mandado construir por um emigrante que lhe deu o nome no final do século XIX. O projeto de arquitetura foi entregue a Gaston Landeckque se inspirou nos palacetes típicos de França. Rodeou-se de alguns dos mais relevantes artistas da altura — os pintores António Ramalho, Dórdio Gomes e Joaquim Lopes, entre outros — para decorar o palácio. O resultado foi um dos mais bonitos edifícios da época, não só na Figueira da Foz, como em todo o país.
Pode espreitá-lo na Rua Joaquim Sotto Mayor, uma homenagem ao homem que um dia sonhou este palácio.